domingo, 10 de setembro de 2017

O vaqueiro ligeiro e a égua estrelinha

Paredes de pau a pique
Chão de barro batido
Telhado de palha de sapé
Olhando para o relento
Tudo passava muito rápido
Sapeca a luz da lua adentra
Sorrateiramente pelas frestas
Os grilos fazem a sinfonia
No quintal o vira-lata faz a guarda
Latindo no primeiro sinal de ameaça
Ao mesma tempo tocava o gado
O vaqueiro com seu gibão de couro
Era a sua segunda pele lhe protegendo
Dos malvados espinhos das juremas
O estouro do rebanho na caatinga
A égua estrelinha corria atrás deles
O vaqueiro ligeiro derrubava pelo rabo
Soava o berrante tocando a boiada
Tocando em frente as suas mágoas
Nas currutelas busca o prazer da carne
Para da conforto a alma cansada
Nos meandros da longa jornada
Deparar com a sorte nas encruzilhadas
Repousar nos ombros da sua amada
Ficando para trás as tristezas sofridas
Passeria perfeita entre a dupra
O vaqueiro ligeiro e a égua estrelinha

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário