sábado, 16 de julho de 2016

Como um Con-dor

Como um con-dor corto céu a pro-cura
De um lugar seguro para repousar
Enfrento todas as adversidades
Para um lugar de paz encontrar
De longe avisto o ocaso, confuso fico
Com tanta beleza posta à minha frente
O som das águas batendo nas pedras
É sinfonia transportando para dentro da mim
Ganho o bailar dos cisnes na conjunção
Entrego-me a indolência completamente
O medo das perdas me deixou amarrado
As conveniências, botando peias aos pés
Fui quebrando todas as amarras
Que me prendiam ao solo, desatando o nó
Sego seguía a escuridão densa da tua alma
Mais sábia que lá no fundo tinha um ponto
De luz que indicaria o porto seguro
Já não faço mais parte do seu mundo
Tive que tomar a decisão sozinho
Outros ares estou almejando, não quisestes
Bater asas comigo, voei solitário mas livre
Com um espaço a ser preenchido
Só o sol aquece-me do gelo que ganhei
O peso da indiferença está a me castigar
Sou passarinho de asas quebradas
A qualquer momento elas saram
E eu volto a bater asas para voar

Osvaldo Teles

2 comentários:

  1. Mila Ribeiro Machado
    Como o condor.....vamos voando em busca de um lugar seguro....que traga paz....que nos leve a vencer as dificuldades da vida....e que mesmo feridos.....a esperança no amanhâ....nâo nos abandone..........amei
    Lindíssimo poema ....obrigada pela partilha.

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