A solidão mora próximo ao abismo
Dentro de meu quarto bem escuro
Quero me libertar do pragmatismo
Perdido não imagino o que procuro
Os fantasmas vem para atormentar
Estou com medo do que assombra
Vou tentando o meu choro acalentar
Vai ficando apenas a minha sombra
Emolduradas na parede as imagens
Que minha fértil imaginação criando
Como se fosse as criadas miragens
Daquelas que irão me perseguindo
Caminho solitário nas madrugadas
Gélida a alcova está me esperando
As minhas ideias estão carregadas
Sobre lençóis frios vou aguardando
Perseguido pelos os meus temores
Persisto em derrotá-los de uma vez
Estou atado neste mundo de pavores
Procuro absorver o que me satisfez
Osvaldo Teles
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