sábado, 26 de dezembro de 2020

Desprendendo a imaginação

Estou eu e minha consciência em silêncio

Buscando o equilíbrio do corpo e espírito

Travamos nossas batalhas com o mundo 

Estamos a caminhar pelo caminho escuro


Pelo enorme medo vou sendo controlado

Em sobressalto o coração fica palpitando

Tirando dos olhos as minhas veracidades

Dentro de um espaço obscurecido sem luz


A penumbra vai ocupando o nosso espaço

Um paradoxo toma conta do pensamento

Nem um raio de luz entrando pelo quarto

Uma densa escuridão me amedrontando


Estamos emergidos no oceano sem fundo

Naufragando num mar de ilusão me alieno 

Mergulhando em uma profundidade vazia

Inerte o corpo continua à mente fica alada


Desprendendo a imaginação ela viaja livre

Indo bem longe saindo da minha realidade

Maltratado o coração de um ser sonhador

Na face vai desenhado  as suas gelhas


Osvaldo Teles



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