terça-feira, 10 de novembro de 2020

Meu grito

Sair desorientado estrada adentro

Os pontos cardeais não orientava

Causam confusões minha cabeça

Quanto mais insistia ficava perdido 


Com meu grito preso na garganta

Uma dor ia maltratando o coração

A saudade me retirava o meu riso

Minhas lágrimas escorrem na face


Deixando à mostra a dor da alma

Que iam pingando a contas gotas

O desconhecido me amedrontava

Temia o abismo que está a frente


Soltei as rédeas do alazão interior

Queria dar liberdade ao imaginário

Temia o que me espera na esquina

A ideia era esquecer o que ocorreu


Minha bússola estava desorientada

Não me transporta a lugar nenhum

Ficava igual a uma estátua parado

Só olhando a beleza a ser admirada


Osvaldo Teles



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