segunda-feira, 5 de junho de 2017

Entre trapos e farrapos

Entre trapo e farrapos encontrava-me
A fresta para o passado está aberta
Entrei vasculhando o baú das lembranças
As fotografias amareladas mostravam
As transformações que aconteceram
Consumindo os traços jovial
Em algum lugar estava jogado o espelho
Que refletiam a transparência d’alma
Resgatei o que estava perdido
Devolvendo-me o respiro de vida
Através dos seus beijos envolventes
Se faltar-me a respiração pereço de amor
O meu castelo de ilusões vai ao chão
Instalando a desordem em um coração
Vai embora recordações não fica aqui
Só deixa o registro do bem que fez a mim
Restaurando o anel entre os seres
Que partiu-se nas desventuras dos dias
Os tacos dos retalhos foram costurados
Reconstruindo o elo rompido entre
O passado e o futuro sem se preocupar
Com o futuro só aproveitar o que tiver posto
Diante do  caminho apreciando o canto
O tom da saudade vai queimando o peito
Debruçado no peitoril  das lamentações
Vejo passar diante dos meus olhos
Tudo aquilo que marcaram a minha face
Ficando desenhado as linhas do tempo
Serei eu mesmo no final da minha jornada

Osvaldo Teles

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