quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O caminhar sozinho afligia-me

A solidão aperta o meu coração
Pego o violão e colo no peito
Ele plange o que a alma sente, chora
Chorando derramei as lágrimas sofridas
Dores que deixam o coração dilacerado
Silenciador das minhas palavras
O caminhar sozinho afligia-me
Só dando partida para o mundo dos sonhos
Cavalguei no lombo do meu cavalo branco
Louco para colocar a minha princesa
Na minha garupa e cruzarmos à noite escura
No ser mitológico alado viajamos pelas nuvens
Cometas nos guiando pelos labirintos celestiais
Tirando-me da tristeza pungente, inerente
Sempre quis razões para os acontecimentos
As lacunas que acompanha-me, incomoda
Quis apenas a lógica,o sentido da existência
Deixei pendurado na parede da lembranças
Tudo que trouxe-me aprendizado
Encontrei o eu perdido nas minhas ilusões
Valente encarei todas as dificuldades
Confiante tornei-me a minha princesa
Já estava abraçando-me por trás
Sentada no lombo do meu cavalo branco

Osvaldo Teles

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