terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Ausento-me

Ausento-me, um barulho rouba  meu silêncio
Ausente a consciência entre dois seres
Desligo-me perco a ponte que nos liga
A corrente é totalmente quebrada
A serenidade foi para o beleléu
Sensibilidade partiu  para o espaço
Loucura, loucura adrenalina o cérebro ferve
Tirando-me a veracidade das emoções
Dos contos e das minhas ilusões
As palavras perderam a sua harmonia
Perdido ficou o compasso da dança
Frenéticos ficaram os pensamentos
Os pobres dos olhos lacrimejaram,choraram
Os corpos bailavam querendo encontrar-se
Contato imediato preciso ter com o amor
Restabelecer o elo partido com o harmônico
Encontrar na  balbúrdia o fio que nos prende
Vindo-me o equilíbrio das minhas palavras
Deixando escondido o desequilíbrio da mente
Medito contrito no passado,presente e futuro
Eis contudo um faz parte do outro,completam-se
Seguindo o ritmo do tempo para deparar-se
Com o verdadeiro sentido do verbo amar
Amaria-te vida com toda intensidade da minha
Vibrantes corações enternecidos se entregam
Fortalecendo as vigas de sustentação da vida

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário