domingo, 22 de janeiro de 2017

Tínhamos o céu

Tínhamos o céu como telhado
Os astros eram as nossas lamparinas
Passamos a noite no relento
Na grama ficamos escornados
Serenou, serenou na madrugada
Pelos arrepiados pelo sereno
O aroma do orvalho era o cheiro ambiente
Estimulante natural para o libido
A bebida deliciosa fluía dos lábios
Dos seus seios brotava o néctar
Ébrios estávamos os corpos desejavam-se
O manjar da vida eis a tua língua
Entornamos a taça do vinho gostoso
Deixa escorrer pelo canto da tua boca
Para que eu possa degustar cada gota
Estávamos sozinhos no nosso pequeno éden
Tudo nos era permitido
Comemos do fruto proibido?
Porém fizemos o terreno encontra-se
Com o sublime ato sagrado do amor
Despertamos com os raios solares
Queimando as nossas faces

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário