segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Insanidade

Nascestes do ventre da terra
Sutilmente, deslumbrante viestes
Trazendo consigo melodia da vida
Brilho da magia, amor em todas as formas
Guardo no subconsciente a sua essência
Conscientemente trago-te até ao meu leito
A carne ainda treme com os efeitos
Que a insanidade de uma noite nos deixou
Fizemos uma visita ao nosso jardim secreto
Flores de toda diversidade a enfeitar o lugar
Aroma de toda espécie exalava inebriante
Flutuamos como pena soprada pelo vento
Fecho os olhos para sentir o seu corpo
Junto ao meu, ao alcance das minhas mãos
Tresloucado  meus sonhos encontram os teus
Perco o domínio das  faculdades mentais
Perco a razão enquanto o coração começa agir
Enlouquecendo-me só vejo-te a minha frente
O sensato perde os sentidos e viaja
Tendo alucinações, perdendo o compasso
Transpondo as barreiras do âmago
Ficando aparente as emoções do interior
Causando-me arrepios o seu contato
Cultivei a mais bela flor do meu jardim
Ela foi regada com gotas de amor
E a colheita foi feita com muita delicadeza
Saturando o corte que a vivência deixou

Osvaldo Teles

Nenhum comentário:

Postar um comentário