terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Fui acometido

Fui acometido por uma paixonite aguda
A lacuna do meu ser foi preenchido
Com palavras que fluem como poesia
O ardor que queima o meu peito
Causando ardência em minha pele
Queimando as minhas ideias
Um fogo consome-me por inteiro
Que faz o meu coração fumegar em brasa
Não apaga esta chama, incendeia este ser
Só deixa a tua pele colada com a minha
Tenaz são os seus gestos amáveis
Solda os fragmentos existentes
Passando-me de opaco para cintilante
Tornando-me gerador de luz própria
Transparecendo cadência harmoniosa
De um corpo em chamas ardentes
Entrando em combustão, fico alucinado
Expelindo faíscas pelo nariz de tanta tensão
Não quero compreender a lógica das coisas
Não preocupo-me com o contrassenso
Vou ser seduzido pelas incertezas
Para que a minha brasa continue acesa
Sendo o amor o meu combustível
Em te acender a labareda da paixão
Os desvarios puseram-me em eleio com o amor
Incendiando duas almas enamoradas

Osvaldo Teles

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