sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Alusão

Percebo a alusão do amor em teu sorriso
Descortinando a vidraça passo a ver
De dentro para fora fico estupefato
Diante do que vejo, a imperfeição em busca
Da perfeição, querendo conjugar o verbo poder
Querendo encontrar no silêncio do quarto
Os melhores delírios em teus braços
Afundar-me na profundeza do seu oceano
Ventania, relâmpagos fizeram-me ir fundo
Emergi maravilhado, desliguei o consciente
Transitivo não faz-me esquecer o que vi
Virou-me à cabeça para baixo,fui conduzido
Pela delicadeza de uma garça
Gaivotas dançavam sobre as águas
Em um bailar sincronizado ao som do mar
Peles bronzeadas com a ação dos raios do sol
Os nervos ficam à flor da pele, negra
Melanina acentuada,calor que causa ardência
Nossa senhora dos afogados
Faz respiração boca a boca salva-me
Do afogamento restabelece o meu ar
Leva-me às águas mornas e tranquila
Vamos nos banhar perfumado
Com as folhas da lavanda
Ficamos desfalecidos sobre a areia
E a brisa amena refrescando os corpos

Osvaldo Teles

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