terça-feira, 14 de julho de 2020

Estradão

A lua se esconde lá vem o sol radiante
Festiva a natureza dá seu sinal de vida
O caipira se levanta com raio reluzente
Preparando-se para partir para sua lida

Em seu pangaré ele logo coloca a sela
Cantante vai para posto tocar a boiada
Os versos já saem prontos da cachola
Passarada no arvoredo fazem dobrada

Lá pelas paragens ficam as lembranças
Da morena que foi um dia minha amada
Que não consigo tirar da minha cabeça
Trazendo tristezas para a longa jornada

Derruba o touro com a sua própria mão
Viver no sertão e matar um leão por dia
As dificuldades maltratam seu coração
Parecendo que seu viver é uma paródia

A porteira fica aberta para este mundão
Pelas currutelas ficaram suas saudades
Das experiências adquiridas no estradão
Que lhes trouxeram muitas felicidades

Osvaldo Teles

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