domingo, 7 de janeiro de 2018

O aroma do orvalho

O galo no poleiro anuncia o raiar do dia
Os raios solares invadem pela janela
O cheiro do café toma conta da casa
O aroma do orvalho se mistura com o do mato
Quando os raios do sol sobre ele nos revela
Uma explosão de cores a me hipnotizar
O bem-ti-vi estufa o peito e solta seu canto
As pombas fazem a festa no terreiro
Sentindo-se agraciado pela luz do sol
A neblina dissipa-se revelando a beleza do dia
Tudo  passa vagarosamente a minha frente
Parece que vai passando em câmera lenta
Lentamente locomovo-me ao ritmo do tempo
Que insiste em não passar rapidamente
Sei lá como ficará desenhada a minha face
Depois que passar ligeiramente
E o corpo sentido os seus efeitos
Ficarei preso a sua engrenagem
Seguindo a sua rotação  chego ao final
Não com a mesma vitalidade inicial
Lá fora  tudo passa corriqueiro
Nublando a visão ficando tudo turvo
Rotineiramente voltando ao ponto de origem
Todos os dias são especiais para mim
Acordo olho para tempo e vejo que tudo
Em torno de mim está em comunhão perfeita

Osvaldo Teles

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