quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Entre achados e perdidos

Escarafunchei a caixa das lembranças
Entre achados e perdidos estava eu
Estampado no mural a minha dependência
O cinzeiro cheio de tocos de cigarros
A garrafa vazia ao lado da cama
Era um cenário de desilusão
Que me circundava
A obscuridade era a minha companheira
A desordem foi arrumada
Expurguei todo o mal que ma acometia
Resgatando da sepultura um cadáver
Uma pequena semente foi plantada
Germinando ela brotou
Desde a primeira vez que te vi
Percebi que era amor para vida inteira
O olhos te levaram para correção
Foi tanto amor que entrou nas entranhas
Reorganizando todo um pensar
Restabelecendo a minha reserva de confiança
Preparando-me para dias fabulosos
Chegastes à um mundo sombrio
Com o seu primor aliviando a minha saga
A preencher o vazio existente
Procurei nos canteiros a  flor
Que se aproximava do seu delicioso cheiro
Que a natureza produziu exclusivo para ti
Fizestes-me transpirar otimismo
Juntando o que estava fragmentado
É o amor dando alma nova a um vida
Ressurgindo o menino expulsando a dor
Hoje o meu vício é te ter sempre comigo

Osvaldo Teles

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