quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Aventurei-me


Andei quilômetros atrás da felicidade
Adentrei em terras desconhecidos
Aventurei-me rumo ao desconhecido
Entrei em tabernas, bebi aguardente
Saí valsando com mulheres que não conhecia
As aventuras foram feitas de loucuras
Fui atropelando as verdades
As minhas escolhas deixaram-me ferido
Entreguei-me ao amor vendido
Pensei ter encontrado o amor perfeito
A entrega foi momentânea
As dores perduraram por muito tempo
As chagas demoram a cicatrizarem
A tristeza passou a ser minha companheira
Perdi minutos preciosos com coisas banais
Enterrei-me na caça de sonhos perdidos
Em vão correr atrás do que não me fez bem
Pedaços ficaram pelos caminhos
Ouro e prata tentei acumular mais e mais
Não sei onde foi parar a minha identidade
O visual era o que mais importava
A luxúria era o que me alimentava
Passei a ser o escárnio da sociedade
Menosprezo pela hipocrisia
Tornei-me arma  do meu próprio egoísmo
No sub mundo das desilusões
Perde as minhas ilusões
Só eu sei o quanto padeci com a perda
Da direção, confundindo-me fico alheio
Disperso das minhas aflições condicionarias
De homem limitado às coisas cotidiana

Osvaldo Teles

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