Longe do som barulhento da rua
Só na alcova viajo solitariamente
A solidão entra o peito como pua
Sufocando a voz silenciosamente
Destila da alma todas as mágoas
Igualzinho ao colibri sairei voando
Para os devaneios não tem limites
Toquei até em sua macia pele nua
As pupilas se dilatam de emoções
A frialdade das noites não maltrata
Nem provocam na ideia confusões
Navegando na mais plena calmaria
Apenas seus gemidos fazem ruídos
Vão causando a mente alucinações
Osvaldo Teles
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