sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Soa o atabaque

Soa o atabaque chora mama África

Ecoando os clamores dos filhos teus

Os porões o céu não ouve a súplica

Abrindo uma chaga  no coração seu


Seus gritos ecoavam aleatoriamente

Querendo que  chegassem ao Criador

Para se libertar de  seus sofrimentos

Nos navios negreiros vertem lágrimas


O preto era vendido como mercadoria

No pé do pelourinho recebe chicotada

Pela sua clemência a sua alma pediria


Seus cantos vinham carregados de dor

Carregando no seu olhar muita tristeza

Com seu gingado driblou os obstáculos



Osvaldo Teles

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