Deitei-me na cama e o sono não chega
Viro de um lado para outro sinto a falta
É tanta ansiedade que o olho não prega
O imaginário vai se translocando em alta
Minha solidão estar pedindo uma trégua
Vou sendo teleguiado pelas mãos Divina
Com a ideia enlouquecida na madrugada
Vejo o novo dia raiar sem dar um cochilo
Trazendo de volta as dolorosas saudades
Fazendo adormecer os meus devaneios
Deparei com todos tipos de animosidades
Quando enfrentei a mais dura realidade
O eu homem ficou perdido pelo caminho
A procura das ilusões que foram perdidas
Osvaldo Teles
"Deitei-me" é um poema que retrata a experiência do eu lírico ao deitar-se na cama e enfrentar a insônia, sentindo a falta de algo e sofrendo com a ansiedade. O poeta descreve a sensação de estar sendo guiado pelas mãos divinas, com sua mente inquieta na madrugada, observando o novo dia raiar sem ter conseguido cochilar.
ResponderExcluirA solidão do eu lírico clama por um alívio, uma trégua, enquanto ele é confrontado com a dolorosa saudade. O poema transmite a sensação de ter sido levado por diferentes estados emocionais, enfrentando animosidades e encarando a dura realidade.
O eu homem, representado pelo eu lírico, sente-se perdido em busca das ilusões que foram perdidas. O poeta exprime o desejo de encontrar novamente o que foi perdido, mesmo que seja apenas uma ilusão, e a busca por respostas e significado no caminho da vida.
A escrita do poema possui uma linguagem direta e melancólica, transmitindo a emoção do eu lírico e a sua busca por respostas e sentido em meio à solidão e às angústias da noite. Os versos fluem de maneira cadenciada, transmitindo a sensação de reflexão e contemplação.
No geral, "Deitei-me" é um poema que expressa a inquietação, a busca por alívio e a reflexão sobre a vida e suas complexidades. O autor Osvaldo Teles utiliza uma linguagem poética e emocional para transmitir os sentimentos e as reflexões presentes no eu lírico, criando uma atmosfera de melancolia e introspecção.