quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Sozinho

Mesmo quando o raio lunar aparece

O lampião tímido clareando o escuro

A solidão dentro do quarto só cresce

Busco luz divina para apagar o turvo


Trêmulas as mãos tateando na cama

Saindo a procura de sua alma gêmea

Sozinho estou para atravessar a noite

Silencioso percebo o tempo passando


Os músculos ficarão rígidos de medos

A ventania chegou provocando arrepio

Queria sentir os toques de seus dados


Chega aos ouvidos no som de gemido

Gélida a pele quer apenas o seu corpo

Translúcido quero retomar minha razão


Osvaldo Teles



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