sábado, 25 de junho de 2022

Solitário

Tive que atravessar a madrugada sozinho

Solitário está o corpo sobre a cama gélido 

As horas passam fico à espera do carinho

Enquanto isso  continuarei por aqui pálido  


Com meu sangue empedrado nas artérias

Vais introjetando a frieza para minha alma 

A frialdade do leito deixa a carne trêmula 

Parece que o quarto se tornou uma lápide


Pareço nesse momento estar num féretro

A tristeza ficará estampada  no semblante

Não consigo  me mover nenhum diâmetro


Tornando-se fúnebres as minhas lamúrias

Contrapondo meus momentos existências

Dois sentir se encontram numa só criatura


Osvaldo Teles



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