Tive que atravessar a madrugada sozinho
Solitário está o corpo sobre a cama gélido
As horas passam fico à espera do carinho
Enquanto isso continuarei por aqui pálido
Com meu sangue empedrado nas artérias
Vais introjetando a frieza para minha alma
A frialdade do leito deixa a carne trêmula
Parece que o quarto se tornou uma lápide
Pareço nesse momento estar num féretro
A tristeza ficará estampada no semblante
Não consigo me mover nenhum diâmetro
Tornando-se fúnebres as minhas lamúrias
Contrapondo meus momentos existências
Dois sentir se encontram numa só criatura
Osvaldo Teles
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