quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Lá fora

 Lá fora a densa  neblina me cega 

A fria garoa respiga no meu rosto 

A frialdade da noite na pele chega

Vai tomando conta do meu quarto 


Entra deixando  minha derme nua 

O vazio precisará  ser preenchido 

Trêmulo o corpo solitário te busca 

Sinto a solidão doendo no coração 


Imagens na mente ficam gravadas 

As estrelas contracenam com a lua

Vindo a cabeça  ideias depravadas


Suaves as mãos vão te procurando 

Pois a minha alma sente a sua falta 

Seu perfume impregnou nas narinas 



Osvaldo Teles

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