terça-feira, 26 de março de 2013

Eterno amar



Acordei na vontade de filosofar
Da poltrona ao sofá, quanta magia!
Beleza esguia do esquecer
O que sentia já não sei
Pois deixei a dor veemente nascer
Ardor que a gente sente flutuar
No entanto a cada noite sinto esvanecer o dia
Enquanto desço as escadas do açoite
Carregando nas costas o preço e as marcas
Da grandeza de minha própria existência
Risos!
É o que resta quando o coração seca
E deixa molhar a face - Que papelão!
Mas esta é minha sina, o que fazer?
A não ser deixar esquecer e rezar
Entre um copo de cerveja e um corpo comprado
Enquanto ando, com certeza, em busca de um eu vazio
Que hei de encontrar - com fé em Deus!
Se até lá o tempo não o tiver

Alexandre Teles

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