domingo, 28 de julho de 2024

Noite gelada

Que a noite gelada venha e passe depressa 

Geme minha alma na calada da madrugada 

Como em um paradoxo  o tempo não passa 

Aquela luz fluorescente continuará  apagada 


Buscarei no espelho resquícios do que já fui 

O que percebi são rugas deixado pelo tempo 

Na parede a foto fixa ainda mais sua imagem 

Sinto no rosto lágrimas  copiosas escorrendo 


O sopro do vento me traz a suave fragrância 

A saudade chegará  trazendo as lembranças 

Deixando no pensamento sua inconsistência 


Fico quieto sentindo as lapidadas só destino 

Porém não vejo o momento de soltar o choro 

Tristonho meus olhos vão sair a sua procura 



Osvaldo Teles

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