terça-feira, 2 de setembro de 2014

Resenha do filme o Germinal

O autor do  filme reflete o cotidiano de exploração sofrido pelos trabalhadores nas minas de carvão na França e mostra  a necessidade do trabalho como forma de sobrevivência.No contexto, Germinal mostra a vida precária dos operários da mina que, em busca de um salário para sustentar suas famílias trabalhavam arduamente em condições subumanas e sem equipamentos adequados de segurança. Ganhavam muito pouco, e toda família era obrigada a trabalhar, até mesmo as crianças.

A classe de proletários  vive sob a influência do capitalismo, ou seja, é movido à consumo e lucro, onde a burguesia se mostra permanentemente dominante. Nesse âmbito, há variados conflitos de interesses, gerando uma grande insatisfação social por parte dos trabalhadores das minas, que se mostram com uma postura altamente ofensiva diante da injustiça provocada pelos baixos salários e cobrança de multas devido às escoriações sofridas.

O início do filme aponta de modo categórico a árdua rotina dos mineiros e evidencia o desrespeito a vida humana e as pessoas tinham que pagar pelos acidentes que havia na mina, nesse momento evidencia-se o quanto o processo produtivo vivido pela classe proletária é opressivo e caracteriza perfeitamente o processo de produção do trabalho do modelo capitalista, a expansão do chamado capital, mostrando assim de uma forma bem clara os opostos entre as necessidades humanas e as materiais. O filme se passa na França do século XIX e transmite muito bem aquele determinado momento histórico e seu contexto social, econômico e político e é claro cultural e para obtermos uma análise satisfatória se torna necessário o conhecimento dos antecedentes da revolução industrial presentes nele.

A partir da divisão do trabalho, é exposta uma profunda desigualdade social, em decorrência da separação dos demais segmentos na sociedade, alegando as diferenças que se dão através da oposição entre os trabalhadores e a burguesia. 

A chegada de um jovem desempregado  dotado de visão contestadora, acaba provocando grandes mudanças,  é nesse contexto que os questionamentos da situação de exploração e total alienação imposta aos mineiros vem à tona. Essa alienação acontece devido à falta de consciência e conhecimento, onde a classe trata  o trabalho como algo alheio a ele. Sem conhecimento do seu próprio trabalho, eles perdem o poder e o controle do que é recebido, sendo inseridos numa questão bastante comum nesse sistema de produção, a mais-valia, onde o excedente de produção que é formado através do processo produtivo não é pago ao trabalhador, ficando sobre o controle dos burgueses.

O descontentamento por parte do desempregado desencadeia e alerta os demais empregados, dando início a uma grande revolta, acarretando greves, muitas mortes e tragédias. Podemos concluir que a temática sobre a luta do operariado contra a exploração e por melhores condições de vida e trabalho, é algo mais recente do que se pode imaginar, sendo constantes as notícias nos meios de comunicação sobre greve dos trabalhadores. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção.

Ainda que não haja respostas contundentes sobre esse assunto, parece ser o desafio do nosso tempo enxergar as contradições do sistema e buscar, de modo adequado, tomar consciência de que a transformação exige a participação de todos, sim ainda hoje, exige a participação de todos, e a importância dos movimentos sociais na transformação da sociedade e os ganhos para toda população e que nem uma conquista trabalhista vem de graças para os trabalhadores o autor deixa claro que o capitalismo é a forma mais perversa do modo de produção,fazendo o trabalho produzir mais que deveria.



Assistente Social Osvaldo teles



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