As gotas da chuva batem na janela
Seus pingos molhando o meu rosto
A frieza da madrugada chega e jela
Retirando o equilíbrio do composto
Quando vou sentindo a cama gélida
Vais ressuscitando meus infortúnios
A noite estar passando devagarinho
Neste pesadelo que sinto a sua falta
O meu quarto frio vai ficando grande
Vejo o brilho de um novo amanhecer
Peço-te que o meu coração abrande
Mandando embora a minha saudade
Que o passar da noite acalme a alma
Levando consigo essa nuvem escura
Osvaldo Teles
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