sábado, 5 de fevereiro de 2022

Cama vazia

Na fria manhã seu aroma se espalha

Olho para a cama ela já estava vazia

A solidão dilacera como uma navalha

Igual a um cadáver no meu leito jazia


Com a voz trêmula balbuciei palavras

Soltas ecoavam em um espaço vazio

Desejei  a quentura que antes a tinha

O vácuo criou-se dentro do meu peito


Olhava suas vestes  aos pés da cama

Meu eu busca em silêncio a presença

Daquela que um  dia me tirou a calma


Em mim deixará as profundas marcas

Muitas madrugadas chorei as mágoas

Sobre o travesseiro a lágrima escorria


Osvaldo Teles



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