A nau vem rompendo as ondas do mar
Eu aqui com os grilhões nos meus pés
Uma vastidão de oceano para navegar
Dava para ver o horizonte pelo convés
Estava bem distante das terras Africana
No lombo senti as dolorosas chicotadas
Chegava ser dilacerador da minha alma
Nas brumas alvas as lágrimas pingavam
Seres humanos livres eram escravizados
Choram as mães os seus filhos perdidos
Foram conduzidos aos trabalhos forçados
No pelourinho o castigo eram chibatadas
Pedem ao criador para aliviar suas dores
Nos terreiros entoam gritos de protestos
Foto Google
Osvaldo Teles
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