domingo, 1 de dezembro de 2013

Destino

A angustia pungente arrasta-te
Para um abismo sem tamanho
Alucinada busca a providencia

Temores te leva ao martírio
Escarnece a tua alma
Declina a imaginação desfalecida
Inocula a solidão

Errante saudava afligida
Resignava-se com o seu destino
Docemente aceitava sua moléstia
Fugia com medo do desconhecido

Parecia uma múmia ardente
Um corpo moribundo
A procura de um companheiro
Para o sofrimento compartilhar

Tinha medo deste amor viver
Viveria chorando a sua doença
Cerca-la-ia por toda a sua existência
Este amor seria a sua tábua de salvação

Entregou-se a este sentimento
Curou-se do mal que lhe afligia
Resignou-se e se entregou ao seu homem
E vive intensamente em quanto há vida

Osvaldo Teles


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