Gritos ecoam da razão que sucumbe
Atam-se amarras ao seu coração
O amor - que era sublime - torna-se escravidão
De tanto buscar o prazer
Esgota-se em solidão
Esgotou-se também o álcool, findou-se a erva
No entanto sobrou-lhe o ato
De embriagar-se de fantasia
E uma alma que já ia - calmamente
Para além mar - poesia!
Já não continha os versos de beleza igualmente vazia
Assim era sua vida - e tinha!?
E portanto fantasiar também já não podia
A loucura em sua consciência toma forma
De maneira que não tem ciência
Se morria ou se existia
Diz então o epitáfio:
Agonizou aqui um homem - como tantos outros
A quem amaldiçoou o mundo
E cuja carne o amor mordia
Alexandre Teles
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