sábado, 14 de dezembro de 2013

Mulher

Mulher você não sabe
O quanto eu te amo
Você não imagina
O quanto eu te quero

Tenho de viver o agora
Deixei a porta do meu ser aberta
Esperando que você entrasse
Sem pedir licença

Fechar-te os seus olhos
Para que eu não penetrasse
Em sua alma
Calando assim a minha voz

Entra no meu ser como canto
Envolve-me em teus braços
Entrega-se sem cerimonia
Vem compartilhar comigo este amor

A insônia devora o meu sono
Impedindo-me de sonhar
Conto carneirinhos
Aguardando a sua presença

A barca fica a deriva
Esperando encontrar um porto seguro
Para ancorar no seu coração
Despescando assim a solidão

Sua fisionomia está
Gravada na minha mente
Como se fosse minha amante
Neste grandioso momento

Sua figura vai formando-se
Lentamente no meu pensamento
E vai se agigantando no meu peito
Tomando conta da minha alma


Osvaldo Teles

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