segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Estiagem

Do chão nasciam frondosas árvores
Os gados soltos no pasto
As Galinhas ciscavam no terreiro
As pombas brincavam no quintal
As cigarras nos troncos
Faziam a sinfonia
Nas plantações traziam muita fartura
Da janela vislumbrava
Um futuro pela frente
Até a chegada da estiagem
O sertanejo sedento sucumbe
Animais morrendo de sede
Os Matos que eram verdejantes
As paisagens são todas cinzentas
A terra seca mata a esperança
Do homem da terra
Eu era menino já ouvia falar
Que o problema do sertão
Não era a falta de água e sim as cercas
O dinheiro no país indo pelo ralo
Fruto da corrupção
O cabra tem braços fortes
E fôlego no pulmão
Está sempre pronto para recomeçar

Osvaldo Teles Direitos reservados lei 9610/98

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