quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Meu próprio reflexo

Na parede vejo o meu  próprio reflexo

Na frieza da noite o corpo fica trêmulo

Nas minhas mãos seguro um crucifixo

O leito gélido está parecendo o túmulo


Deixando aprisionado dentro do tempo

As horas vão insistindo em não passar

Os ponteiros parecem  não avançarem

Um ar de mistério tomando o ambiente


Um paradoxo assume os pensamentos

Sou conduzido ao mundo ilusório da lua

Da alma juntarei todos seus fragmentos


Um homem jaz em sua cama esvaziada

Não sei o que fazer  para encher o vazio

Perdido na noite vou tentar me encontrar



Osvaldo Teles

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