domingo, 17 de novembro de 2013

A alma do mundo canta

A alma do mundo canta - solitária -
Murmúrios de um tempo escuro
Projeções sombrias de nós mesmos
Seres do passado buscando um futuro incerto
Armados até os dentes com nossos próprios demônios
Diabos que penetram o mais profundo do espírito
De todo homem que desperta para a realidade da vida:
O real é a frieza da dor e a secura do pensamento
Que flui - como rio - rumo a uma cachoeira sem fim
Esperamos sempre o nascimento de um herói imortal
Mas só cresce em nós mesmos o desespero de uma vida sem sentido
Sustentada apenas por crenças vazias
E mãos juntas na esperança de um céu herege
Que criamos através de nossas próprias desgraças
Humilhados em nossos duros corações



Alexandre Teles

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