sábado, 16 de novembro de 2013

Ciclo da vida

Não sinto nada
O álcool é o anestésico
Fazendo adormecer os sonhos
Podado como arbusto

A empáfia dos homens
Tira-me a veracidade das emoções
Das fábulas e das fantasias
Tornando-me cético e bisonho

Enfadonho é o tempo
É o diferencial entre
A vida e a morte
A cova é o depósito da carne

E o fantástico
Ciclo da vida acaba
Preso no caixão
Somos todos iguais

O abrigo final foi aberto
Neste momento a cor
Torna-se insignificante
O dinheiro vira cinza

Basta de desdém com a vida
A matéria é efêmera
Os homens são semelhantes
O espirito se eterniza

Osvaldo Teles





Nenhum comentário:

Postar um comentário