sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Mama África

Seus filhos corriam
Livres pelas savanas
Das florestas tiravam
O seu sustento
Mesmo assim os caçadores
De recompensas  arrancaram-lhes
Da sua pátria mãe
Como  animais enjaulados
Levando-lhes para
Uma terra desconhecida
Colocando grilhões aos pés
E chicotada no lombo
Trabalho forçado e alimento regrado
Vertendo lagrimas de sangue
O seus gritos jogado ao vento
Em busca do alento divino
Nossa Senhora com pena
Limpava suas chagas
Fugiam para os quilombos
Como bicho embrenharam-se nos matos
E sua descendência esquecidos nas favelas
Escravizados pelo sistema
Mama África chora
Seus filhos roubados
Que já mais votaram
Ao seio materno.

Osvaldo Teles

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