sábado, 16 de novembro de 2013

SARJETA

Sentado na calçada
De mãos estendidas
Pedindo esmola
Dependendo da compaixão alheia

Fétido um ser vivo
Jogado na sarjeta
Padecendo as crueldades
De um sistema desumano

Ergo a cabeça para o céu
Pergunto ao divino
Porque tanto sofrimento

Esquecer-te que eu
Também sou o teu filho
Sinto frio, sinto fome
Porém sinto sua presença

Aquecendo o meu corpo
Alimentando meu espírito
Protegendo-me do mal
Dando alento ao meu sofrimento


Osvaldo Teles



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