domingo, 24 de novembro de 2013

Gestos sublimes

Te desejo em silêncio
Só a doçura de tua voz
As carícias de tuas mãos
Basta-me para ser feliz

Gestos sublimes
Enfeita o semblante
Dando ênfase
Ao sentido da vida

Enclausura a tristeza
Em jaula de aço
Para que ela
Nunca mais volte ao rosto

Dotada de honradez
Despreza a hostilidade
Incapaz de fazer sofrer
Aquele que seu coração ama

Seu corpo nas minhas mãos
É massa de modelar
Faço-te boneca
Pronta para me amar

Porque desperdiçar o tempo
Se o meu aposento está pronto
Aguardando-te, vem de pressa
Não me faz padecer de saudade

Seja o sol que me aquece
A água Que me refresca
O rio que me lava
Os atalhos para a liberdade

Espero-te com madrigais
Como pluma te abraço
Como volúpia me perco
Sendo puritano me encontro



Osvaldo Teles


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