sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Meu oceano

Nadei por águas mornas e calmas
As braçadas ficaram sincronizadas
Os pensamentos ficaram a deriva
Fui levada pelo balanço das marés

Meus braços me serviam de lemes
Mergulhei no meu oceano profundo
Na tentativa de descobrir os segredos
Querendo achar as minhas respostas

Emergir mais confuso do que antes
Não dava para ver um palmo a frente
O farol estava a milhas de distâncias
Tentei me orientar no voo dos pássaros

Querendo chegar intacto ao destino
Busquei ao longe o meu porto seguro
Só as gaivotas davam vôos rasantes
Ouvindo apenas os sons das ondas

Era o calmante que a alma desejava
A paz que o navegar me proporciona
Deixando comigo minhas esperança
De repousar nos braços da amada

Osvaldo Teles

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