quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Na frialdade

Lentas as horas vão passando
Na frialdade do quarto escuro
Descansa um corpo moribundo
Sendo açoitado por sua frieza

A sua influência me castigava
Pelo medo os nervos são tomados
Espreitando a sombra do pavor
A solidão vem e aperta o peito

Os versos íntimos vão surgindo
Demonstrando o que o ser sente
Pela repugnância sou arrebatado
Lançando a sua espada cortante

Pelo seu gélido e frio olhar! Sinto
Nos olhos escorrerem as lágrimas
Sentenciado à lamúria pungente
Consequência da sua ausência

Peço aos anjos da noite clemência
Para que eu possa passar imune
As ideias foram às vezes inconscientes
Ficando-me perdido pelos cantos

Osvaldo Teles

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