quinta-feira, 23 de abril de 2020

Paradoxo

Parece até uma eternidade
A cada segundo que passa
Os ponteiros não avançam
O danado do tempo parou

Fico debruçado no parapeito
Com o meu olhar comprido
As lágrimas quase caindo
Fez-se um grande paradoxo

Aumentando o vazio do ser
Não tira o olhar da estrada
A ansiedade me consumia
Aguardei-te a noite inteira

A madrugada vai morrendo
Dando lugar ao alvorecer
Contei carneirinho! Rezei
Só queria que chegasse

Apaziguado minha tensão
O passarinho já cantando
Ao pé da minha comieira
Anunciamdo o amanhecer

Eu parado aqui cabisbaixo
Esperando o tempo avançar
Alheio viajo nas lembranças
De uma era boa que passou

Osvaldo Teles

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