quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

As águas da minha solidão

Sinto rolarem as águas da minha solidão

Que vem escorrendo espontaneamente

Retirando de mim esta visão periférica

Indo lavar minhas mágoas e as tristezas


Ainda sinto a sua ausência aqui comigo

Vejo ali escorrendo na forma de lágrimas

Ficaram para trás todas suas lembranças

Guardo a sete chaves minhas saudades


Muitos momentos vindouros estão por vi

Vejo todas suas cores em forma cinzenta

Jogado num canto um ser que lhe chama

O choro mostra como está o seu coração


Sente a falta de seus toques terapêuticos

Seus dedos sensíveis sobre a minha pele

Tudo aqui dentro ganha ar de paradoxo

Sou transportado para a outra dimensão


Estático fica um corpo perdido lá na lua

Preso apenas no fio da minha existência

Quebrando a inércia de uma alma viajante

Que se encontra momentânea aprisionada


Osvaldo Teles



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