sábado, 20 de fevereiro de 2021

Vaidade

A vaidade e o pensar fútil me consomem

Estou alienado no meu próprio problema

Pensamentos involuntários me possuem

Não sei mais o que fazer para cair na real


Deixa quieto a paixão que vive em mim

O fantasioso passa a fazer do cotidiano

O ser sai viajando livremente pelo infinito

Como um animal vou agindo por instinto


O homem assume a sua porção humana

Conduzindo a uma luxúria contemplativa

Perco meu contato com minha realidade

Vejo diante de mim personificação divina


Passo a viver em um mundo muito louco

Disperso da lucidez viajo pelo imaginário

Coloco as ideias em ordem e fico tranquilo

Com as mãos dadas com minha fantasia


Olhos ficam presos na linha do horizonte

Tirando minha visão periférica das razões

De um querer que beira a uma maluquice

Fico aprisionado no planeta bem distante



Osvaldo Teles

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