quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Sufocado pelo silêncio

Por vezes sou sufocado pelo silêncio 

Escuto melódicas e afinadas canções

Que vão alargando o portal imaginário

Viajo pelo meu mundo da imaginação


Vou absorvendo todas suas partículas

Preso entre dois mundos sinto o efeito

De estar em constante estado evolutivo

Ouvindo os sons dos meus suspiros


Cadenciado o movimento do gemido

Vem expressando minhas dores doída

Ficando expresso o que a alma sente

Centei na taboa da minha recordação


Abrindo um espaço em meu paralelo

A quietude vai me deixando inquieto

Dentro do espaço que não pertenço

Meu espectro se afastando do corpo


Indo em busca da sua alma gêmea

Ficando apenas uma massa inerente

Sendo apertada na prensa do tempo

Ficando um nó apertando a garganta



Osvaldo Teles

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