domingo, 4 de fevereiro de 2018

Como um barco a deriva

Como um barco a deriva eu estava
Afoguei em meu oceano de mágoa
Deslizei sobre as ondas violentas da vida
Remei contra maré a correnteza quis me levar

Fiz manobras arriscadas para chegar aqui
Emergir quebrando os laços que me prendia
Com a ventania roçando nas velas
Navegando sem rumo e direção ficava

Fixava esperançoso na linha do horizonte
A espera de um porto seguro para ancorar
Estendi a bandeira branca da paz
Para te receber com flores nas mãos

Era a passagem do real para o fantasioso
Os seus braços tenros me aguardavam
Para abraçar um náufrago no mar ilusório
Fechei as pupilas para sentir a vibração

Que emanava do seu maravilhoso ser
Deparei com o seu cativante sorriso
Tirando do cativeiro uma alma aprisionada
As chagas foram cicatrizadas

Magnífico foi o romper da aurora
Adormecido no teu leito esplêndido
Os ventos fortes se transformam em brisa
Devolvendo a nau a sua nova direção

Osvaldo Teles

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