domingo, 11 de fevereiro de 2018

Na rota das estrelas

Estou perdido dentro de um denso nevoeiro
Não consigo ver um palmo a minha frente
Não compreendo nada com clareza
Ficando totalmente visível os pesadelos
O vento sopra do lado oposto da caminhada
Muitos mistérios para serem desvendados
Impressionante o que foi revelado
Lá atrás ficaram os medos adquiridos
Pelos traumas que a vida me ofereceu
Eu mereço ser feliz foi para isto nasci
Para isso  fechei os olhos para o mundo
Foquei nos motivos para prosseguir
Em busca das realizações dos sonhos
Antes que a alma chegue ao além
Sem pensar nas cicatrizes
Pois o que importa é viver o que foi posto
Sem tropeçar no próprio calcanhar
Tirando a visão periférica do profundo olhar
Afundado no pântano dos pavores
Desejei ver a luz que vinha da clareza
Ao turvo e tenebroso labirinto
Dispersando assim as brumas  
Contrastantes o pensar flutuando
Na rota das estrelas cadentes se perdem
Para surgirem mais radiantes que antes

Osvaldo Teles

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