quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Vaguei sem rumo

Vaguei  sem rumo no mundão de meu Deus
Botei a cela no meu cavalo e sai galopando
Para conhecer as maravilhas do mundo
Coloquei no lombo o gibão de couro

Protegendo dos espinhos desta vida
Na capanga farinha e rapadura
Para saciar a fome quando doer no corpo
Tirando a força que faz prosseguir

Em cada taverna um gole de pinga
Meu cachorro parceiro caminhava comigo
Era companheiro na hora da fadiga
No anoitecer empunhava a viola

Ao luar a inspiração me tocava
A melodia suavemente fluía do peito
Cantava a tristeza que me perseguia
As lágrimas torrenciais escorriam

Sair galopante mundo a fora
Na certeza de encontrar a bela dona
E a cada parágrafo da história
Ter uma linda história para contar

Na ranger da cancela a certeza que cheguei
Refeito das desilusões que machucaram
Ver o meu parceiro me sorriu latindo
De poder repousar no seu quente cantinho

Osvaldo Teles

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