Tentei achar nas esquinas os pedaços
Que deixei espalhados pelos caminhos
Soltei as dores em forma de lágrimas
Nem tentava me olhar no espelho
A minha imagem causava estranheza
O mundo para mim não estava acertado
As maldades dos homens maltratava
Já não aguentava a sua frieza comigo
Levando a pensar que não era filho de Deus
Era um corpo estranho na imundície do lixo
Revirava o lixo em busca do alimento
O meu teto era o relento o frio castigava
Muitas vezes buscava o alento na pinga
Busquei nos vícios a solução dos problemas
Pensei que tinha chegado ao fundo do poço
Parecia um zumbi no meio desta multidão
Hoje a sociedade me pedindo discernimento
Botando a culpa em mim pelo seu fracasso
Depois de negar qualquer oportunidade
É de dá nojo a hipocrisia dessa sociedade
Osvaldo Teles
Nenhum comentário:
Postar um comentário