O divino silêncio me toca profundo
A efemeridade da solidão não funciona
Uma lacuna ficou aberta no coração
Frustrando o meu contentamento
Tresloucado dentro desta dimensão
Enjaulado fica o meu pensamento
Preso ao espaço vazio da sua ausência
Na expectativa de ser preenchido
Por suas deliciosas carícias
Ficando de lado a condição de homem
Somos dois seres em estado de êxtase
Corpos livremente levitando na cama
Neste movimento de rotação me perco
Não sei em que mundo estou perdido
Se nos dos sonhos ou dos pesadelos
O portal do mundo paralelo se abriu
Os meus fantasmas se libertaram
Os medos se evaporam como fumaça
Preenchendo o espaço esvaziado
Aqui dentro as palpitações aumentam
Blindei o meu peito para o coração
Não ser afetado pelos mares da dor
Formando um cinturão de proteção
Concretizando a criação perfeita
Osvaldo Teles
Nenhum comentário:
Postar um comentário