domingo, 25 de março de 2018

Sou forte

Sou forte como a mãe terra que me pariu
A terra se abre pronta para o dom da vida
A ferramenta tange ao tocar no solo seco
Resistente como o mandacaru do sertão

Só quero um pouco de chuva para molhar
A água lhe falta para matar a sede
Para germinar as sementes semeadas
A vegetação se queima pela ação do sol

A pintura morta a enfeitar o triste cenário
O capim gordura incinerado pelo calor
Os esqueletos dos animais nos pastos
Chove chuva deixa as suas águas

Correrem sobre o leito seco do riachão
Levando consigo toda tristeza desta gente
Que com suas lágrima rega sua esperança
E ver as suas paisagens lindas e verdejantes

Na esperança de dar alento ao sofrimento
Sou força que brota viçosa desta terra
Vida que pulsa e ressurge deste pó
A terra dá o seu suspiro o morto ressuscita

Osvaldo Teles

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